Artigo publicado no Jornal do Centro (13 de maio de 2016) No artigo que escrevi para a edição do passado dia 18 de março referia que os bancos estavam a tentar travar o impacto da Euribor negativa nos empréstimos para compra de habitação. É preciso recordar que há um ano, num quadro de descida das taxas Euribor, o Banco de Portugal (BdP) emitiu um comunicado no qual referia que se a taxa de juro aplicável a um empréstimo (Euribor+spread) resultasse negativa, essa deveria ser a taxa a aplicar para efeito de determinação da prestação a pagar pelo cliente. Em Português corrente: o banco teria de suportar uma pequena parte da amortização do empréstimo. Porém, o mesmo BdP, através do seu Governador, acaba de dar o dito por não-dito. Agora entende que a lei deve ser alterada de forma a que a taxa de juro seja zero sempre que aquela soma (Euribor+spread) seja negativa. Entre as fracas (e difíceis de aceitar) justificações apresentadas, há uma que se destaca: é que há um ano o BdP “estava longe de imaginar o que se passou”, ou seja, que as taxas Euribor continuariam o seu movimento descendente. Isto merece-me quatro breves comentários:
2 Comments
Artigo publicado no Jornal do Centro (18 de março de 2016)
Escrevo este artigo no dia em que é notícia o facto de os bancos estarem a tentar travar o impacto da Euribor negativa nos empréstimos da casa (Jornal Público, 11-03-2016). Tentando uma explicação simples e sistematizada, o que se passa é isto: 1. A taxa de juro que o cliente suporta num crédito habitação resulta da soma de duas parcelas: indexante+spread. 2. O indexante (Euribor) não é controlável por nenhuma das partes (banco ou cliente).
Artigo publicado em vários jornais da região de Viseu, no âmbito do Projeto "Clareza no Pensamento"
As taxas Euribor servem de indexante a muitas operações financeiras do nosso quotidiano. É o caso dos empréstimos para compra de casa. O juro que pagamos depende de dois fatores: o indexante e o spread, uma vez que a taxa de juro a aplicar para o cálculo do valor das prestações resulta da soma indexante+spread.
Artigo publicado em vários jornais da região de Viseu, no âmbito do Projeto "Clareza no Pensamento"
Nos últimos meses muito se tem falado da descida das taxas de juro e da consequente descida do valor da prestação que mensalmente pagamos ao banco relativa ao empréstimo da casa. Acontece, porém, que em muitos casos essa prestação continua sem baixar. Porquê? |
Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
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