Artigo publicado no Jornal do Centro (5 de agosto de 2016)
O meu final de ano letivo ficou marcado pelo acompanhamento do estágio curricular de doze finalistas da licenciatura em Gestão de Empresas. Estagiaram em cinco empresas diferentes, em seis áreas diferentes, tendo tido oito orientadores de empresa diferentes. Enquanto coordenador dos estágios curriculares, senti um enorme prazer e um indisfarçável orgulho ao ouvir desses orientadores referências tão positivas relativamente àqueles jovens. Em três meses (duração do estágio curricular) deram provas não apenas dos seus conhecimentos, mas sobretudo das suas capacidades. Na sua maioria, foram convidados a ficar na empresa onde estagiaram. Dos restantes, apenas três não estão ainda a trabalhar, mas estou certo que será por pouco tempo. Uma única mágoa me ficou: de um modo geral, a qualidade dos relatórios produzidos não esteve ao nível da qualidade do trabalho desenvolvido durante o estágio. Na minha opinião, apenas uma parte da responsabilidade por isto pode ser atribuída a estes jovens. Mas isso é assunto para o meu próximo artigo. É verdade que alguns aplicaram no estágio poucos conhecimentos adquiridos ao longo da licenciatura. Isto irá certamente acontecer a muitos diplomados. Como sempre, aliás. Porém, o que realmente importa não é o que eles sabem quando terminam a licenciatura - que é, necessariamente, cada vez menos. É sobretudo a sua capacidade para aprender e para se adaptarem. Infelizmente, no sistema de ensino ainda se avalia e valoriza quase exclusivamente conhecimentos, quando se deveria avaliar e valorizar em grande medida capacidades e competências.
0 Comments
|
Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
All
Arquivos
November 2020
|