Artigo publicado no Jornal do Centro (9 de junho de 2016)
Está a terminar mais um ano letivo. No que me diz respeito, foi um ano em que, como habitualmente, conheci um conjunto de alunos interessantes e promissores. Alguns vão concluir as suas licenciaturas em breve. Desses, uma parte tem já o seu início de carreira definido e assegurado, mesmo antes da conclusão do curso. Não tenho dúvidas que muitos outros também iniciarão as suas carreiras num curto espaço de tempo. Porém, os empregadores não devem esperar que, no atual contexto, um recém diplomado comece a trabalhar e a ser imediatamente produtivo. Por muito que as instituições de ensino e os professores se esforcem, isso é praticamente impossível na esmagadora maioria dos cursos. Desde logo (mas não só) porque o número de horas de aula subjacente a uma licenciatura é muito reduzido: dois terços do que era o de um bacharelato há 15 ou 20 anos. Não há milagres. Ainda assim, uma tendência positiva que tenho vindo a registar em muitos alunos é a sua atitude perante o trabalho e a vida, em sentido amplo. Eu leciono em três licenciaturas: Gestão de Empresas, Contabilidade e Marketing. Posso testemunhar o empenho, a vontade de aprender (querer saber) e a capacidade de trabalho de muitos alunos. E alunas. Sobretudo, alunas. Na verdade, considero que elas são, em média, mais interessadas, mais empenhadas, mais organizadas e têm mais capacidade de trabalho do que eles. Auguro um futuro promissor a estes e estas jovens. Não tanto pelo que aprenderam nos seus cursos (que é cada vez menos e ensinado de forma cada vez mais intensiva), mas sobretudo graças a si mesmos, à sua forma de ser e estar na vida.
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Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
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