Artigo publicado no Jornal do Centro (29 de setembro de 2017)
1. A 20 de janeiro deste ano, a propósito do processo eleitoral para a presidência do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), escrevi aqui o seguinte, concretamente acerca do envolvimento dos docentes nesse processo: “(…) importa que todos sejamos capazes de honrar a instituição (e a nossa profissão). Não esqueçamos que todos somos colegas, membros da mesma organização, não adversários. Muito menos, inimigos. Que todos tenhamos memória. E bom senso. Acredito que assim será.”. Este processo terminou há dias, serenamente, com a eleição e tomada de posse do novo presidente do IPV. É tempo para um novo começo. Não o entender assim seria a melhor maneira de diminuir e enfraquecer a instituição. Não o fazer seria um sinal de pequenez e falta de sentido institucional. Isto é válido para todos e cada um dos mais diversos stakeholders envolvidos, individuais ou institucionais. Importa que todos o percebamos e sejamos capazes de agir em conformidade, internamente (docentes, alunos e funcionários) e externamente (entidades da cidade e da região, públicas e privadas). Os milhares de alunos e as centenas de empregadores que confiam no IPV merecem-no. Mais: devem exigi-lo! A cidade e a região também. Que todos tenhamos memória. E bom senso. 2. Como docente do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu não posso deixar de referir que se comemoram este ano, por esta ordem, os 30, 20 e 10 anos de existência das licenciaturas em Gestão de Empresas e Contabilidade e do mestrado em Finanças Empresariais. Daqui sairam largas centenas de diplomados, muitos dos quais atingiram posições de relevo em organizações nacionais e estrangeiras, a que se somam os diplomados nos outros cursos do Departamento. Mantenhamo-nos focados no que é realmente importante. Que todos tenhamos memória. E bom senso.
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Artigo publicado no Jornal do Centro (1 de setembro de 2017)
1. Pelo seu enorme impacte, também em crianças e jovens, o futebol é muitas vezes apontado como devendo ser um exemplo. Em muitos jogos os jogadores entram em campo com uma criança pela mão. Infelizmente, tudo isto soa a falso, tendo em conta o comportamento de muitos dos seus intervenientes, diretos e indiretos, a todos os níveis. Vem isto a propósito da triste atitude do árbitro Jorge Sousa para com o guarda-redes Stojkovic. A sua defesa generalizada, vinda dos mais diversos quadrantes, deixou-me estarrecido. Considero que não só não pode ser defendida, como deve ser claramente condenada. Não se estranha (embora eu não a aceite) a defesa por parte dos presidentes do Conselho de Arbitragem e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol. É uma posição corporativa, mas bacoca. Tenho dificuldade em compreender outras. Apenas dois exemplos: “É um castigo ridículo. Não estamos na missa” (António Folha, treinador). “Jorge Sousa é um homem do Norte. Há palavras que em Lisboa são ofensivas, mas que no norte não são” (António Marçal, antigo árbitro). Argumentos patéticos. O árbitro tem meios próprios para agir perante situações destas, desde a repreensão à expulsão do jogador. Pode começar por repreender, com mais ou menos firmeza, mas também com o mínimo de civismo e educação (e não precisa de rezar o Pai-Nosso). Nunca daquela forma desbragada, agressiva e malcriada (em qualquer parte do país). Neste caso, nem o cartão amarelo mostrou. Pergunto-me: e se, em vez de um árbitro a ter este comportamento, fosse um juiz num tribunal? Ou um professor numa sala de aula? E se fosse um árbitro dos distritais? O futebol não pode ser uma montra de má criação e comportamentos eticamente reprováveis. Aceitar (e, pior ainda, defender) isto é prestar um mau serviço, não apenas ao próprio futebol, mas à sociedade em geral. 2. (Off-topic) Cartaz de propaganda de um candidato a presidente da junta de freguesia de Sarilhos Grandes (Montijo): sob a sua fotografia, o slogan “Todos somos Sarilhos Grandes”. Priceless! |
Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
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