Artigo publicado no Jornal do Centro (19 de fevereiro de 2016)
Há dias a Professora Felisbela Lopes (Professora Associada com Agregação na Universidade do Minho) assinou um interessantíssimo e muito pertinente artigo de opinião onde referia alguns aspetos que mereceram a minha atenção e total concordância (“Os desafios do Ensino Superior”, Jornal de Notícias, 29-01-2016). Desde logo, o (preocupante e pernicioso, na minha opinião) desequilíbrio entre a componente ensino e a componente investigação para efeitos de avaliação dos docentes.
Depois, a importância de ouvir “os estudantes que vão todos os dias às aulas (…) e que sentem no seu quotidiano o peso de um ensino desligado de uma realidade para a qual procuram uma formação de qualidade”, bem como “os professores que dão aulas (…) e que são paralisados por uma máquina burocrática que os retira do centro daquilo que importa fazer”.
Por fim: “Como convencer os professores a investir na sala de aula, quando estão mais preocupados em participar em congressos, escrever artigos científicos e desenvolver projetos de investigação?” Na mouche! Muito por culpa da forma como os professores são avaliados, mas também devido à maldita e crescente bur(r)ocracia, a componente ensino tem vindo a ser atirada para o fim da lista das suas preocupações. Preparar aulas, atualizar materiais, repensar metodologias, dar atenção aos alunos? Impossível. “Não tenho tempo…”. Como?!... A partir do momento em que um professor deixa de ter tempo para estas tarefas, deixa de ser professor. Ponto. Ao contrário do que a opinião pública genericamente pensa, no meio disto tudo, uns e outros (professores e alunos) são vítimas, não culpados. Triste país que assim desbarata recursos!...
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Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
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