Artigo publicado no Jornal do Centro (31 de julho de 2020)
1. Há cerca de ano e meio escrevia nas páginas (ainda em papel…) do Jornal do Centro sobre “a quantidade de inenarráveis horas televisivas de conversas de chacha (e de chochos)” que ocupavam os horários televisivos (supostamente) sobre futebol, referindo-as como sendo um dos motivos do meu cada vez menor interesse pelo chamado “desporto-rei” (eu, que gostava tanto de futebol!...). Esta semana a SIC e, logo a seguir, a TVI surpreenderam-me positivamente, ao anunciarem que decidiram terminar com aquela xaropada. Através de Ricardo Costa, diretor de informação, a SIC argumentou, e bem, com o ambiente de “toxicidade” à volta daqueles programas. Dizia tembém que, para tal, muito contribuem os próprios clubes e as suas máquinas de comunicação. É verdade. Mas é igualmente verdade que essa “toxicidade” encontrou durante muitos anos acolhimento nas principais estações televisivas nacionais que, por alguma razão, foram o seu veículo de transmissão e propagação. Acredito que é possível manter programas sobre futebol, com elevação, pedagógicos e interessantes ao ponto de conseguirem captar mais espetadores que gostam de futebol. De futebol, mesmo. Não de gritarias, peixeiradas, grosserias e boçalidades. O futebol (o futebol, mesmo) merece mais do que isso. E quem preferir esse tipo de coisas, ainda que associadas ao futebol, pode sempre seguir outra estação, que certamente continuará a emiti-las. 2. Parece que o Novo Banco terá alienado alguns milhares de imóveis a um fundo de investidores anónimos sediado nas Ilhas Caimão por pouco mais de metade do seu valor, originando uma perda de cerca de 260 milhões de euros que viria a ser, pelo menos parcialmente, compensada pelo Fundo de Resolução. Parece também que esta operação terá sido financiada pelo mesmo banco. “Novo”?...
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