Artigo publicado no Jornal do Centro (17 de fevereiro de 2017)
1. Notícia de hoje (12-fev-2017): o Ministério da Educação apresentou as conclusões de um grupo de trabalho constituído para definir o “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”. Se percebi bem, este grupo definiu as finalidades do ensino obrigatório, elencando o conjunto de competências que os alunos devem ter ao concluir o 12º ano, independentemente da via de estudos que seguem (científico-humanística, profissional ou artística). A adoção deste novo perfil de competências exigirá, certamente, alterações de vária ordem: espaços físicos, forma como os professores vão concretizar esta nova abordagem, forma(s) de avaliação dos alunos, etc.. Gostei do que li (que foi pouco) e estou com muita curiosidade em ler o documento, que em breve vai ser posto à discussão pública. O artigo (jornal “Público”) refere que “estas alterações passam em muito por recentrar o lugar do aluno na aprendizagem”. 2. É isto que me remete para a frase que escolhi para título deste artigo: “Não interessa o que se ensina, mas o que se aprende”. É uma frase do Professor José Hermano Saraiva. Acredito que o novo perfil de competências agora anunciado encaixa nesta filosofia. O percurso académico deve servir para ir acrescentando valor ao aluno (à pessoa), em sentido amplo. Não apenas ao nível de conhecimentos científicos. Também (sobretudo, até) de competências, princípios e valores. Aqueles são focalizados e quase sempre efémeros; estes são transversais e potencialmente úteis para toda a vida, na profissão ou fora dela. “Não interessa o que se ensina, mas o que se aprende”. Identifico-me de tal forma com esta frase que a adotei como lema das cadeiras que leciono desde que a li, em 1997. Já lá vão 20 anos. Quanto mais tempo passa, mais a aprecio.
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