Artigo publicado no Jornal do Centro (8 de julho de 2016)
Um artigo publicado no jornal espanhol “La Vanguardia” no passado dia 1 de julho sobre os resultados das provas de acesso à universidade na Catalunha chamou a minha atenção. O jornal entrevistou os cinco jovens alunos que obtiveram a mais alta classificação (9,70 numa escala de 10). Irão frequentar cursos tão diferentes como Matemáticas, Medicina, Gestão de Empresas, Direito e Jornalismo. O que despertou a minha atenção neste artigo? Quatro aspetos: 1. O seu dia a dia não é preenchido a estudar desalmadamente. Sim, têm gosto em estudar, em aprender, mas têm também outros interesses e atividades diárias: música (violino, piano, trompete), desporto (uma jovem pratica taekwon-do e outra é jogadora de hóquei na relva, integrando mesmo a seleção nacional) e… leitura. Leituras. Muito diversas. 2. Consideram que essas atividades os ajudam nos estudos, proporcionando-lhes hábitos de organização e disciplina e ajudando-os a libertar a tensão. 3. Referem ter havido uma ou duas pessoas que os influenciaram de forma decisiva no seu ainda curto percurso de vida (têm dezoito anos de idade): um professor (da escola secundária ou de música) ou um treinador. 4. Quando questionados sobre como explicam o facto de serem tão bons alunos, todos colocam a tónica num aspeto: a leitura. E importa pouco que tipo de leitura. Os seus gostos a este nível são muito díspares. O importante é “ler, ler, ler”, dizem. “Ler amplia o vocabulário, a compreensão, ajuda a expressão oral e escrita”. Ler, acrescento eu, ajuda também a escrever melhor, com menos erros. Ler livros, entenda-se. Infelizmente, para muitos jovens (e não só) a principal fonte de leitura parece ser uma verdadeira enciclopédia de erros ortográficos e sintáticos. Chama-se Facebook.
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Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
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