Artigo publicado no Jornal do Centro (15 de abril de 2016)
Não sei se é só impressão minha, mas nos últimos anos tenho notado um crescendo de comportamentos pouco cívicos em muitas situações do quotidiano. Poderia referir inúmeros casos, mas vou cingir-me a alguns que tenho constatado no estacionamento do Palácio do Gelo.
São, por exemplo, os “deficientes não físicos”, que despudoradamente estacionam em lugares reservados a veículos de pessoas portadoras de deficiência física. São mais as vezes que as viaturas aí estacionadas não têm o dístico azul do que as que têm. E já por mais de uma vez assisti a pessoas sem qualquer deficiência visível entrarem ou sairem de viaturas aí estacionadas. Execrável.
São os “mandriões compulsivos”, que estacionam juntinho às portas de acesso ao centro comercial, fora dos lugares de estacionamento, em plena zona de circulação e passagem. São os “avantajados”, que deliberadamente ocupam dois lugares. São os “apressados”, que circulam em sentido proibido, quase sempre porque está um lugarzinho vazio ali perto. São outros “apressados” (ou talvez os mesmos) que acedem à zona de saída do parque também em sentido proibido só para não terem de circular mais 10 metros. Enfim, um verdadeiro almanaque de comportamentos não cívicos, a toda a hora. E tudo isto sem que os seguranças do estacionamento façam o que quer que seja. Dizem-me que não têm poder para tal. Nem eles, nem a Polícia. “Por ser um espaço privado”. Mas então quem faz o quê em caso de acidente provocado por alguém que seguia em sentido proibido? Já agora: por que carga de água estão estes seguranças a tirar os bilhetes de acesso ao parque, se a máquina é automática e está a funcionar na perfeição?... Não poderiam colocar-se em locais onde possam exercer, pelo menos, alguma ação pedagógica e preventiva daqueles comportamentos?
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Nota préviaIniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal. Categorias
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