Rogério Matias
  • Sobre mim
  • Atividades
    • Livros
    • Cursos
  • Eventos
  • Imprensa
  • Blogue
  • Contacto
  • Sobre mim
  • Atividades
    • Livros
    • Cursos
  • Eventos
  • Imprensa
  • Blogue
  • Contacto

Diferenças...

28/10/2016

1 Comentário

 
Imagem
Artigo publicado no Jornal do Centro (28 de outubro de 2016)

No âmbito do chamado Programa Nacional para a Coesão Territorial, o Governo decidiu atribuir alguns incentivos aos médicos que optem por trabalhar no interior, como forma de os atrair para as regiões onde há falta de clínicos. De acordo com o que foi noticiado, entre outros estão os seguintes:

- acréscimo de 40% no salário (cerca de mais 1100 euros brutos por mês);

- possibilidade de o cônjuge ou pessoa com quem vivam em união de facto os acompanhar, pois terão preferência no preenchimento do primeiro posto de trabalho para o estabelecimento de saúde, desde que possuam qualificações para o cargo.

O tratamento dado pelo Estado a outros funcionários públicos está longe de ser sequer comparável. É o caso dos professores do ensino básico e secundário, por exemplo. De facto,
 
- durante muitos anos têm de andar com a casa às costas, ficando a saber para onde vão (quantas vezes para escolas a centenas de quilómetros da sua residência) com apenas uns dias de antecedência;
 
- não só não têm qualquer espécie de incentivo para deslocação ou residência como ainda têm de suportar todos os gastos inerentes (financeiros, físicos e psicológicos).
 
Acresce que
 
- o seu vencimento, em início de carreira, é pouco superior ao incentivo que vai ser dado aos médicos;
 
- o seu horário real de trabalho ultrapassa, muitas vezes, o estipulado legalmente, sem qualquer contrapartida.
 
É o tratamento dado aos médicos que é criticável? Não. É o dado aos professores.
 
Provavelmente haverá razões plausíveis para este desequilíbrio e eu é que não as vislumbro. Se não fosse assim, os professores, nomeadamente os seus representantes (os sindicatos, normalmente tão reivindicativos mas nos últimos tempos praticamente moribundos), já se teriam manifestado.


1 Comentário
Joaquim Nery
31/10/2016 07:12:16 pm

Concordo com a sua opinião, mas a lei da oferta e da procura é tramada ...

Responder



Enviar uma resposta.

    Nota prévia

    Iniciei este blogue em janeiro de 2016, na sequência da criação desta página pessoal.
    Incluí nele alguns artigos que escrevi nos últimos anos (desde 2009), a maioria dos quais no âmbito do projeto Clareza no Pensamento. A data  indicada em cada artigo é a data da sua publicação original.

    Categorias

    Todos
    Burocracia
    Civismo
    Clareza No Pensamento
    Covid-19
    Democracia
    Ensino
    Euribor
    Futebol
    Jornal Do Centro
    Literacia Financeira
    Notas Breves...
    Novo Acordo Ortográfico
    Tolerância

    Arquivos

    Novembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Outubro 2015
    Março 2015
    Setembro 2014
    Abril 2014
    Agosto 2013
    Janeiro 2013
    Julho 2012
    Julho 2011
    Março 2011
    Novembro 2010
    Abril 2010
    Março 2010
    Fevereiro 2010
    Dezembro 2009
    Outubro 2009
    Setembro 2009
    Julho 2009
    Maio 2009
    Março 2009

    Feed RSS

(C) 2016 Rogério Matias. Todos os direitos reservados.