Artigo publicado no Jornal do Centro (13 de abril de 2017)
Foi apresentado no início deste mês o livro “Dicionário de Competências”, de Pedro Bettencourt da Câmara. Sendo um tema que me interessa (conforme meu artigo anterior), dei atenção a uma entrevista ao autor publicada n’ O Jornal Económico onde se pode ler que “recrutadores e empregadores valorizam cada vez mais as competências pessoais e sociais do candidato”. Atrevo-me a ir mais longe, dizendo que estas competências são cada vez mais importantes que os conhecimentos técnico-profissionais, pelo menos em algumas áreas do saber. O mundo muda cada vez mais depressa. O conhecimento também. O que se aprende fica desatualizado cada vez mais rapidamente. O “emprego para a vida” ou a “carreira linear” deixaram de existir. Um jovem de hoje virá, com muita probabilidade, a ocupar vários cargos ao longo da vida, fazendo várias coisas diferentes, que lhe exigem conhecimentos diferentes, em várias empresas e cidades diferentes. Talvez mesmo países e continentes. Isto requer, mais do que extraordinários conhecimentos técnico-profissionais, extraordinárias competências pessoais e sociais. No exercício da minha profissão dedico muito tempo ao acompanhamento de alunos nas chamadas horas de orientação tutorial. São períodos extra-aula, de acompanhamento individual ou em pequenos grupos, o que me permite ficar a conhecer melhor os alunos. Neste contacto direto e personalizado consigo captar características pessoais impossíveis de perceber em sala de aula, nomeadamente capacidades, competências e valores. É uma componente do meu trabalho que valorizo muito, sobretudo porque me ajuda a colocar diplomados no mercado de trabalho de forma mais certeira, tendo em conta aquilo que o empregador espera deles, para além dos conhecimentos técnicos inerentes à sua formação académica.
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